O papel das histórias na estratégia de comunicação
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Descubra o potencial das histórias na estratégia de comunicação!

storytelling

Quando pensamos em desenvolver conteúdos para o meio online devemos ter sempre em mente a forma mais eficaz de captar a atenção de um utilizador exposto diariamente a múltipla informação, a maioria da mesma sem qualquer interesse.

Este ciclo diário de exposição a que nos habituámos torna-nos cada vez mais imunes às mensagens, sejam estas comerciais ou mesmo pessoais.

Por isso, a narrativa das nossas mensagens são fundamentais para captar a atenção do público e envolver este com a marca.

Neste sentido, torna-se necessário que criemos estratégias para abordar de forma criativa e eficaz o nosso target, privilegiando a criação de conteúdo relevante, que possa  ser difundido nos diferentes meios digitais disponíveis.

Assim, surge uma questão de base:

Como podemos trabalhar conteúdo criativo e diferenciador?

É neste contexto que o Storytelling ganha uma importância vital.

  • Falamos de uma técnica que se tem usado para comunicar, permitindo às pessoas e marcas a capacidade de potenciar de forma simples e prática uma determinada mensagem;
  • Desde sempre que nós, seres humanos, estivemos expostos a histórias, tendo estas a facilidade de nos ajudar a perceber e relacionar dados de informação, nem sempre lógicos sob o ponto de vista analítico, mas facilmente compreendidos devido ao poder que as narrativas têm em nos despertar emoções;
  • O Storytelling permite-nos de uma forma criativa transmitir palavras, pensamentos, ideias, defender pontos de vista e até criar mundos ficcionais, envolvendo o nosso público na narrativa de uma forma ímpar.

As histórias nascem, assim, da necessidade básica que qualquer ser humano tem de comunicar, sendo este processo cada vez mais desafiante na medida em que nos apercebemos da existência de excesso de informação e canais de media, em função de um crescente défice de atenção por parte das pessoas, resultado de uma consequência natural de todo este processo.

As histórias têm o papel de atrair a atenção das pessoas, de as envolver em determinadas matérias e assuntos, muitas vezes promovendo nestas a inspiração necessária para as motivar, numa atitude em prol de um objetivo de marketing traçado por uma marca ou um mero objetivo pessoal. Elas criam uma relação emocional muito mais forte entre pessoas e entre estas e as marcas.

Procurando de uma forma simplista descrever o termo STORYTELLING, este consiste na partilha de uma mensagem, um conteúdo/narrativa, que se espera único e real, no sentido de criar uma relação de proximidade e envolvimento entre duas entidades.

E isto só é possível criando uma boa história, a maneira mais eficaz de potenciar o tal conteúdo que possa captar atenção das pessoas e permita a estas a ligação emocional para com determinada mensagem e o seu propósito final.

Dando uma nova expressão e sentido à relação com as pessoas, a técnica do storytelling tem sido adoptada com frequência pelas marcas, permitindo a estas a criação de uma mensagem com um significado mitológico, procurando, como objetivo principal, induzir os consumidores a uma sensação de estarem perante uma entidade com uma personalidade própria, tal como estes, e criando a tal ligação emocional entre a marca e os mesmos.

Uma estratégia de storytelling pode ser usada por pessoas e marcas na criação de mensagens para a defesa de causas, a venda de produtos e serviços, a promoção de projetos, entre outras finalidades comerciais, ou sem qualquer fim lucrativo. É ampla e facilmente adaptada a qualquer fim.

Esta estratégia está envolta em algumas características e para que a mesma tenha sucesso, devemos sempre considerar que uma grande história é verdadeira! Não necessariamente por se basear em factos reais, mas por ser autêntica, permitindo, desta forma, gerar um discurso coerente e consistente, que vai proporcionar à sua audiência desenvolver o sonho em relação à promessa que a marca lhes propõe.

No desenvolvimento de uma narrativa, qualquer história tem que ser confiável, caso ambicione tornar-se em algo forte.

Hoje é clara a dificuldade que temos em confiar, seja em pessoas ou marcas. Digamos que a confiança se tornou num recurso social escasso.

Nesse sentido, só é possível a uma marca contar uma boa história se ela manifestar credibilidade, caso contrário, vamos perceber facilmente que algo não bate certo no discurso. E esta credibilidade só é possível ser gerada através dos pontos de contacto entre o ADN da marca e o discurso adoptado por esta.
Quantos casos conhecemos em que a marca comunica valores que, na realidade, não fazem parte do sua génese?

Acredito que sejam muitos. Na verdade, todas as marcas podem contar histórias, mas nem todas podem contar uma boa história!

Um outro fator a ter em conta quando concebemos uma história, é que esta não tem necessariamente que apelar a uma lógica. Tem, contudo, que apelar aos sentidos e emoções das pessoas. E é, por isso, que as boas histórias nem sempre agradam ou são compreendidas por todos da mesma forma.

Embora uma história eficaz tenha que coincidir com a visão do mundo, diga-se de tudo o que nos rodeia, a maneira como analisamos e entendemos este quando estamos perante uma história, faz com que tenhamos sempre pontos de vista diferentes. Uns amam determinada história e sentem-se confortáveis perante a mesma, outros, pelo contrario, ignoram-na. Isto acontece porque todos temos valores, crenças, graus de conhecimento e compreensão de tudo o que nos rodeia, distintos.

Por fim, é importante percebermos que aquela que, geralmente, é a característica mais elementar na génese de uma boa história, em regra, é que esta não procura ensinar algo de novo ao ser humano. Pelo contrário, uma grande história aborda assuntos e temáticas que estão presentes no nosso dia-a-dia ou que fizeram parte de um legado social, e que são conhecidos de todos nós.

Find Your Greatness é um bom exemplo disso.

Se analisarmos bem, a maioria das histórias que nos marcaram, advêm de experiências pessoais ou sociais que conduziram a um determinado legado.

Assim, a história que queremos criar deve procurar envolver as pessoas nestas temáticas de uma forma emotiva, permitindo-lhes um sentido de pertença, segurança ou de inteligência na compreensão do mundo que as rodeia.

Este artigo foi publicado também na revista de empreendedorismo Start & Go e pode ser acedido AQUI: startgo24