05 Dez O papel dos Arquétipos na construção da personalidade da Marca
Esta situação obriga a que as marcas envolvam no seu universo temas, atitudes e crenças paralelas às dos seus públicos.
A internet, a televisão e rádio ou o ponto de venda fisico têm o poder de influência sobre a experiência e envolvimento com a marca, no entanto, a necessidade de uma boa história é cada vez mais a essência de uma relação sólida e com a capacidade de envolver de uma forma surpreendente.
Um destes dias reparei no interior de uma loja de calçado para criança, na imagem de um personagem super-herói da Geox. Naquele momento tirei uma foto dessa imagem e fiz um post em tom de brincadeira numa rede social, onde falava que a marca tinha ali o mote para a criação de uma história interessante.
Confesso que fiquei intrigado com o personagem e resolvi investigar até perceber que a Geox criou uma personagem para o segmento mais jovem, desenvolvendo uma narrativa infantil como espinha dorsal da sua estratégia de marketing para este segmento.
Provavelmente muitos já conhecem este projeto, eu confesso que não conhecia. E parece que lá em casa era o único a desconhecer! ?
Este personagem, baseado no arquétipo do Aventureiro, procura fazer a correspondência com a personalidade da marca e do potencial público que esta pretende envolver.
A associação de ARQUÉTIPOS à marca permite ajudar a construir significados, a consolidar o posicionamento e a conferir valores à marca.
Os arquétipos correspondem a uma personalidades ou padrão de comportamento, reforçam a forma como a marca se apresenta perante os seus públicos e contribuem para um estilo de comunicação em torno de valores e características de personalidade.
Alguns exemplos de arquétipos.
“A Invasão dos Contaminators” é o nome de uma saga cheia de aventuras e ação onde Alex, um rapaz igual a qualquer uma das crianças do target da marca Geox (vidrado em musica e apaixonado pelo seu skate), num certo dia foi contatado por um misterioso poder energético através do seu leitor multimédia.
Alex, que provavelmente havia recebido um Ipod no seu último aniversário, acabara agora de ganhar uma aplicação vinda do além, que se instalou no seu player e lhe permitia transformar-se em Geox Boy.
Com apenas a palavra RESPIRA, Alex transforma-se numa nova personagem ao estilo de super-herói, cheio de coragem e determinação para arrasar os Contaminators, criaturas que têm como missão contaminar o mundo.
Mas Alex não está sozinho neta história, claro, nem tal podia acontecer. O Geox Boy tem a ajuda inquestionável da sua colega Geox Girl, rapariga dinâmica e que esconde um “super” segredo inevitável para adensar todo o enredo.
Este é um projeto de Storytelling com recurso a Transmedia, onde foi criada uma narrativa num ambiente escolar capaz de colocar em confronto direto o bem e o mal, e envolvendo os consumidores numa história que fala acerca do universo do produto principal da marca através dos personagens arquétipos Geox.
Uma campanha criada com base numa série de histórias escritas em diferentes revistas, com um lançamento em mass media através de um spot TV, e com desmembramento através de um site específico.
Em diferentes períodos do ano, crianças e pais aproveitam para visitar as lojas da marca à procura de uma nova história em formato revista. Cada nova história faz a ligação com os aplicativos no site que se relacionam com esta, tais como, jogos, novas aventuras, cover’s para facebook, wallpapers e ícones, bem como, uma espécie de rede social onde os mais ativos estão em destaque.
Um verdadeiro exemplo de uma marca capaz de dar o poder ao consumidor e fazer este sonhar. O exemplo disso é a procura por parte das crianças do gadget da marca, a pulseira “Geox Beat”.