23 Set O dia em que a Gillette usou uma narrativa “fora da sua zona de conforto”
A Gillette, à imagem de outras marcas, saiu da zona de conforto e criou um anúncio que tem tanto de criatividade como de celeuma. Os canais digitais da marca estão “sob fogo”.
Com apenas 1 dia, a peça de comunicação que envolveu o movimento #MeToo, colocou a marca na mira dos ativistas dos ``direitos dos homens``.
O vídeo desenvolvido pela marca reflete partes de notícias sobre o movimento #MeToo, imagens que mostram atitudes de sexismo em filmes, em salas de reunião e violência entre crianças, sendo acompanhado do copy:
“Isto é o melhor que um homem pode conseguir? Bullying, o movimento MeToo contra o assédio sexual, a masculinidade tóxica!”
➡️ Esta campanha gerou um debate acesso nas redes sociais, sendo que para muitos ficou o sentimento de que a marca contribuiu para o debate em torno de uma causa, mas para outros, o sentimento foi de que a marca colocou em causa os direitos e moral dos cidadãos masculinos.
‘We believe: the best men can be’ razors commercial takes on toxic masculinity – video
➡️ Sob o ponto de vista da comunicação é um bom caso para refletir e entender o papel da marca, enquanto entidade com a obrigação de partilhar, defender e questionar valores como os valores humanos.
Todos nós queremos marcas cada vez mais humanas, que cada vez mais partilhem valores e sentimentos e que nos envolvam na sua vida
✅ Surgem então duas questões pertinentes para reflexão:
1- Se todos nós temos opiniões e liberdade para nos manifestarmos sobre qualquer temática, mesmo que polémica, terão também as marcas, ou não, o direito a abordar e envolver na sua comunicação temas, mesmo que polémicos?
2 – Ou devem as marcas salvaguardar-se de temas polémicos, procurando comunicar sempre em zonas “cinzentas” que as poderão salvaguardar de potenciais críticas?