O poder da narrativa na estratégia de storytelling
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Como nasce a narrativa na estratégia de storytelling?

Storyboard

Quando pensamos em criar uma história, seja esta para a adaptação a um formato em filme, em livro ou outro, devemos perceber que existem algumas metodologias e técnicas para que possamos estruturar o nosso texto, sendo que o desenvolvimento uma narrativa na estratégia de Storytelling é fundamental para este processo.

Para além do tema central do nosso projeto e do seu objetivo final, seja este mais comercial ou institucional, torna-se importante a recolha de informação o mais ampla possível acerca da temática que queremos abordar e dos potenciais públicos a atingir.

É fundamental compreender a forma como estes encaram ou reagem ao nosso tema, e quais os “gatilhos” principais que valorizam para que possamos provocar neles um comportamento favorável ao nosso objetivo final que é transmitir determinada mensagem.

Depois deste trabalho inicial partimos para a criação do Storyboard e script da nossa história, o primeiro uma ferramenta que nos permite de uma forma prática ver as diferentes cenas de enquadramento do nosso projeto de vídeo, e o segundo, o documento que descreve a nossa história, todo o enredo, relação e diálogo entre personagens.

Para a criação da nossa narrativa na estratégia de Storytelling, existem várias metodologias que podemos utilizar. No entanto, destacamos a Teoria “A Jornada do Herói” de Joseph Campbell, usada amplamente na criação de histórias bem sucedidas.

No caso da Teoria “A Jornada do Herói” de Joseph Campbell, existe uma lógica no seu método de criação da narrativa que é apoiada no arquétipo “O Herói”, o indivíduo capaz de enfrentar de forma corajosa os vários desafios e provações que determinado percurso de vida lhe impõe, conseguindo com sucesso o alcance dos seus objetivos.

Este padrão de narrativa encontra-se presente na maioria das histórias que conhecemos, sejam estas reais ou ficcionais, e permite que as mesmas tenham uma estrutura que resulta numa experiência profunda na audiência a elas exposta.

Através do vídeo que se segue, Matthew Winkler apresenta de forma gráfica esta jornada.

Ao utilizar uma narrativa como uma ferramenta para comunicação, a marca aborda as emoções e valores humanos, permitindo construção de uma ponte entre a marca e o consumidor.

No caso da Teoria “A Jornada do Herói” de Joseph Campbell, existe uma lógica no seu método de criação da narrativa que é apoiada no arquétipo “O Herói”, o indivíduo capaz de enfrentar de forma corajosa os vários desafios e provações que determinado percurso de vida lhe impõe, conseguindo com sucesso o alcance dos seus objetivos.

Este padrão de narrativa encontra-se presente na maioria das histórias que conhecemos, sejam estas reais ou ficcionais, e permite que as mesmas tenham uma estrutura que resulta numa experiência profunda na audiência a elas exposta.

Esta teoria assenta em três estágios principais da história:

  • O estágio da “Apresentação”, em que temos o primeiro momento e enquadramento de toda a nossa narrativa;
  • O estágio do “Conflito”, uma fase em que se desenrola a maioria da história;
  • O estágio da “Resolução”, que culmina com o final da aventura.

Para que possamos compreender melhor o desenvolvimento de um projeto com base nesta teoria, devemos saber que, regra geral, temos um personagem que vive no seu mundo um dia-a-dia, confortavelmente e, numa dada circunstância ou num dado momento, este anseia ou é exposto a algo de novo, um desafio ou uma conquista que vai alterar por completo a sua rotina.

Nesse sentido, ele é “desafiado” a partir para uma aventura completamente estranha, oferecendo sempre a natural resistência que qualquer ser humano tem ao enfrentar algo desconhecido e que o coloca perante cenários de medo, recusa e tentativa de fuga – fase da “Apresentação”.

Nesta sequência, o personagem vai ficar num ponto sem qualquer possibilidade de retorno o que o obriga a entrar num novo mundo, abandonando a realidade que vivia anteriormente.

E é neste novo paradigma a que ele está exposto, que se depara com outras personagens ou acontecimentos que o convencem a aceitar esta nova situação, personagens estas que o ajudam e incentivam a avançar na ação.

Ele é, assim, testado perante novas realidades, obrigado a enfrentar inimigos e desafios de risco, aprendendo novas regras e conquistando aliados e é, precisamente, nesta fase, que se desenrola a parte mais significativa da nossa história, a fase do “Conflito”.

Geralmente, o nosso protagonista vence todos os desafios com êxito e ainda um grande obstáculo final que será o  dilema da narrativa e aquilo que podemos designar da provação extrema da nossa história.

Este atinge, finalmente, a recompensa, o prémio por alcançar o objetivo a que se propôs, dando inicio à viagem de regresso para o seu mundo, aquele que vivia inicialmente e onde vai enfrentar novos testes e mostrar toda a sua transformação para ajudar os outros na conquista de um mundo mais justo – fase da “Resolução”.

Resumindo, para conseguirmos uma boa história necessitamos de desenvolver uma personagem que seja excepcional, colocar esta a enfrentar dificuldades excepcionais, procurando atingir um fim memorável ou satisfatório para o objectivo a que nos propomos.

Para finalizar este artigo, lanço o desafio de analisarmos o video seguinte, procurando identificar a estrutura da narrativa de acordo com a teoria de Joseph Campbell.

Este projeto fez parte de uma campanha de comunicação lançada pela marca Ikea e é, perfeitamente, possível ver a teoria aplicada.