Gestão de crise online – que estratégia deve a marca adotar? - Transmedialand by João Miguel Lopes
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Gestão de crise online – que estratégia deve a marca adotar?

Crise Online da marca

Uma má decisão ou uma não decisão. No Social Media, o que poderá ser a decisão correta ao nível de uma gestão de crise online – que estratégia adoptar?

Alguns dos motivos frequentes que as empresas colocam na ordem do dia para evitar ou, pelo menos, adiar a adesão a estratégias de marketing ao nível das redes sociais, resumem-se a uma questão: E se alguém prejudica a minha marca na rede?

Até certo ponto, torna-se compreensível os comentários de alguns empresários quando sentem que ainda não estão preparados para uma acção nas redes sociais. Torna-se uma decisão sensata a não adesão, quando não existem objectivos ou uma estratégia de marketing definida que possa integrar tal acção no meio online.

O que não se compreende é a passividade das empresas, perante um cenário de imaturidade no meio online, nomeadamente, ao nível das redes sociais, não definirem como prioridade uma atitude de integração nos seus planos de marketing, de uma estratégia de digital que possa fazer a ponte urgente entre o meio offline e online.

Com o advento do uso das redes sociais, temos verificado um crescente número de casos de marcas e instituições que têm sido alvo de buzz negativo nestas plataformas. De referir também que as crises sempre aconteceram no universo das marcas e que as redes sociais não são a origem do problema, mas sim, uma forma deste ganhar maior dimensão e visibilidade.

As crises no meio online não são piores que aquelas a que uma marca ou instituição está exposta através do meio offline. Mas um dado é certo: no meio online a disseminação da mensagem é muito mais rápida e abrangente, resultado da própria amplificação que a web 2.0 permite através do poder dado ao utilizador.

O que se torna de extrema importância as marcas perceberem, é que não lhes cabe decidir se entram ou não no palco das redes sociais, aliás, arrisco mesmo dizer que num futuro próximo, nenhuma escapará.

A ausência de uma estratégia de social media, que permita à marca afirmar uma presença online, é muito mais negativo que qualquer problema que envolva gestão de crise da mesma numa rede social.

Se a marca não se encontra assumidamente presente no social media, ela não estará em posição para se defender nesse meio de qualquer ataque que possa resultar de uma, possível acção que aconteça no meio offline. E esse ataque, claramente irá acontecer, pois a marca vai ser exposta, comentada e julgada.

O utilizador é um espécime de eximia perícia critica, com uma necessidade constante de motivos que lhe permitam sobreviver neste meio, obrigado para isso a gerar continuamente novo conteúdo.

O ser humano, na verdade é o mesmo no meio online que é no offline, no entanto, quando encarna a pele de utilizador sente-se livre e ausente de qualquer restrição que a sociedade lhe possa impor no meio offline. Esse estado permite-lhe expressar-se deixando registos no online que dificilmente serão apagados, contrapondo ao tradicional boca-orelha do meio offline, caracterizado muitas vezes pela expressão do velho provérbio “Palavras, leva-as o vento”.

É por esta razão, entre outras, que a marca se torna vulnerável e uma fonte suculenta de matéria critica para todos os utilizadores, quer tenham ou não motivos para o fazerem. São eles que irão acabar por trazer a marca para o meio online, mesmo que esta não se sinta preparada para tal.

Nesse momento, todo o risco e impacto de uma acção negativa que esta possa sofrer, vai ganhar o tal efeito de amplificação característico da web, sem que essa torrente possa ser travada por uma justificação estratégica de gestão de crise. Afinal a marca havia decidido que não estaria preparada para estar online.

Assim, uma presença estratégica no meio online, nomeadamente nas redes sociais, permite às instituições actuarem eficazmente na gestão de crises, mais ainda quando a própria rede se torna a fonte de ignição da crise.

E porque a crise é um evento que motiva uma reacção e, na maioria das circunstâncias, a criação de novas dinâmicas e oportunidades, saber lidar com esta exige sempre sensatez e criatividade.

Lidar com a crítica é algo que exige bastante sensatez. Compreensão, paciência, análise de pontos de desconforto, consequências previsíveis e acções estratégicas a tomar, são tudo características inerentes a todos aqueles que gerem situações de crise em redes sociais.

Saibam mais acerca desta matéria no artigo “Estratégia para as marcas gerirem uma potencial crise online“.